Caracterização da curva cinética de temperatura em atletas de rugby em cadeira de rodas [recurso eletrônico]
Luis Fernando Sper Cavalli
DISSERTAÇÃO
T/UNICAMP C314c
[Characterization of the kinetic temperature curve of wheelchair rugby athletes]
Campinas, SP : [s.n.], 2017.
1 recurso online (201 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Paulo Ferreira de Araújo
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física
Resumo: Em razão do comprometimento do sistema nervoso autônomo, atletas de Rugby em Cadeira de Rodas que possuem lesão medular cervical podem apresentar diferentes respostas termorregulatórias. Quando submetidos ao esforço, tanto a sudorese quanto a redistribuição da circulação sanguínea, que...
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Resumo: Em razão do comprometimento do sistema nervoso autônomo, atletas de Rugby em Cadeira de Rodas que possuem lesão medular cervical podem apresentar diferentes respostas termorregulatórias. Quando submetidos ao esforço, tanto a sudorese quanto a redistribuição da circulação sanguínea, que constituem os dois principais mecanismos responsáveis pela termorregulação, podem não ocorrer, ou ocorrer de maneira não adequada nesses atletas. A efetividade desses mecanismos depende do quanto as vias simpáticas que conduzem tais estímulos hipotalâmicos tenham se mantido preservadas após a lesão medular, o que varia entre os indivíduos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi caracterizar a curva da evolução da temperatura de atletas de Rugby em Cadeira de Rodas que possuem lesão medular quando submetidos a um protocolo de esforço. Para isso, o presente trabalho caracterizou a curva cinética de temperatura de uma amostra composta por 08 atletas do sexo masculino de Rugby em Cadeira de Rodas que possuem lesão medular utilizando-se de um protocolo de 28 minutos de atividade intervalada em um ciclo-ergômetro de braço. A cada dois minutos durante o teste e por um período de 20 minutos de recuperação passiva subsequente ao mesmo, a Temperatura de Pele em pontos pré-determinados foi coletada juntamente com a Frequência Cardíaca, a Pressão Arterial, a Percepção Subjetiva de Esforço e a Sensação Térmica, traçando-se assim a evolução dessas variáveis tanto durante o exercício quanto durante a recuperação. Ao início e término de cada coleta, a temperatura e a umidade do ar ambiente também foram registradas, bem como a massa corporal de cada voluntário, o que possibilitou estimar o volume de suor produzido, levando-se em conta a quantidade de água ingerida pelo mesmo durante a execução do protocolo. Entre outras características constatadas, foi identificado que os dermátomos da parte superior do corpo apresentaram durante o protocolo as temperaturas mais altas e que as mantiveram elevadas mesmo no período de recuperação, o que demonstra que sua curva cinética não acompanha a de outras variáveis como a Frequência Cardíaca, a Percepção Subjetiva de Esforço ou até mesmo a própria Sensação Térmica no período de recuperação, ensejando que o auto relato dessa última variável não funciona como um bom indicador da temperatura durante a recuperação nessa população. Também foi observado que nem sempre o nível e a severidade da lesão medular condizem com o comprometimento das respostas observadas. A caracterização de como a curva cinética de temperatura ocorre nesses atletas vem a colaborar com um melhor entendimento dos efeitos do calor nessa população, garantindo referências para uma prescrição de treinamento mais saudável e eficiente. Ainda que algumas alterações termorregulatórias possam parecer esperadas, deve-se, antes de tudo, respeitar a individualidade biológica e da lesão de cada atleta, visto a heterogeneidade das respostas autonômicas em pessoas com tetraplegia. Da mesma forma, é importante o desenvolvimento do autoconhecimento por cada um dos atletas visando facilitar a identificação e a prevenção de condições que conduzam à hipertemia
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Abstract: Because of the dysfunction of the autonomic nervous system, Wheelchair Rugby athletes with spinal cord injury may present different thermoregulatory responses. When in exercise, both sweat and redistribution of blood flow, the two main mechanisms responsible for thermoregulation, may not...
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Abstract: Because of the dysfunction of the autonomic nervous system, Wheelchair Rugby athletes with spinal cord injury may present different thermoregulatory responses. When in exercise, both sweat and redistribution of blood flow, the two main mechanisms responsible for thermoregulation, may not occur, or occur inappropriately in these athletes. The effectiveness of these mechanisms depends on how much the sympathetic pathways that conduct those hypothalamic stimuli were preserved after the spinal cord injury, which varies for each subject. Thus, the goal of this study is to characterize the curve of the temperature evolution in Wheelchair Rugby players who have spinal cord injury, when subjected to an effort protocol. In order to accomplish this, the study characterized the kinetic temperature curve of a sample of 08 male Wheelchair Rugby athletes who have spinal cord injury, using a 28 minute interval activity protocol in an arm crank ergometer. Every 2 minutes during the test and for a 20 minute passive recovery after it, the Skin Temperature in pre-established spots was collected as well as Heart Rate, Blood Pressure, Perceived Exertion and Thermal Sensation, drawing, this way, the evolution of these variables both during exercise and recovery. At the beginning and at the end of every collect, the temperature and air humidity were also checked, as well as the body mass of each subject, which made possible to estimate the sweat volume produced, taking in account the quantity of water ingested during the protocol. Among other results, it was verified that the upper body dermatomes presented during the protocol the highest temperatures and that kept them high even during the recovery, which makes clear that their kinetic curve does not follow the other variables¿ curves at recovery, like Heart Rate, Perceived Exertion and even Thermal Sensation, suggesting that the self-report of this last variable does not work as a good indicator of the temperature during recovery in this population. It was also observed that not always the level and the completeness of the spinal cord injury match the impairment of the verified responses. The characterization of how the kinetic temperature curve occurs in these athletes contributes with a better understanding of the effects of heat in this population, making references for a healthier and more efficient training prescription. Although some thermoregulatory alterations may seem expected, it must be respected, above all, the biological and injury uniqueness of each athlete, due to the quadriplegic autonomic responses heterogeneity. In the same way, it is important the development of self-knowledge for each athlete, in order to facilitate the identification and prevention of conditions that lead to hyperthermia
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Caracterização da curva cinética de temperatura em atletas de rugby em cadeira de rodas [recurso eletrônico]
Luis Fernando Sper Cavalli
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